HIPER SENSIBILIDADE SENSORIAL

Transtorno do Processamento Sensorial.

 “Ele ouve mais do que nós todos, ele sente mais tato que nós todos, sente mais cheiro que todos”

 O que é “Síndrome sensorial”?

A “síndrome sensorial” é, na verdade, o Transtorno do Processamento Sensorial. Trata-se de uma condição na qual o sistema nervoso apresenta dificuldade para processar estímulos do ambiente e dos sentidos. A própria Gio Ewbank fez uma correção do nome em seu Instagram.

Ela pode ou não estar presente no autismo, mas se trata de um distúrbio distinto do TEA, ou seja, uma comorbidade. Dois aspectos que podem aparecer no TPS são:

  • Hipersensibilidade: aqui, a pessoa sente demais os estímulos. Por isso, os sons podem ser mais altos e estímulos visuais muito fortes, por exemplo o som do escapamento da moto ou de fogos de artifício;
  • Hipossensibilidade: já no caso da hipossensibilidade, a pessoa tem dificuldades em sentir os estímulos do ambiente. Assim, ela pode se cortar e não sentir a mesma for que pessoas sem a condição sentiriam.

Além disso, quando se identifica o Transtorno do Processamento Sensorial, existem classificações diagnósticas que determinam o quadro daquela pessoa:

  • Transtorno de modulação sensorial: dificuldade para regular grau, intensidade e natureza das respostas dos estímulos sofridos;
  • Transtorno de discriminação sensorial: gasta mais energia para identificar diferenças e semelhanças dos estímulos;
  • Transtornos motores com base sensorial: dificuldade para absorver informações do próprio corpo e reagir de forma coerente com o ambiente.

Sinais de Transtorno do Processamento Sensorial

Pessoas com síndrome sensorial podem apresentar alterações nos sentidos como paladar, visão, audição e olfato. Isso acontece porque existe uma falta ou um excesso de estímulos que causam a hiper ou hipossensibilidade. Nesses casos, alguns sinais comuns são:

  • Se incomodar com sons comuns, como escapamento de motos e fogos de artifício;
  • Dificuldade de processar e expressar sensações de frio, calor, fome, cansaço, entre outras;
  • Cobrir olhos e ouvidos com frequência;
  • Seletividade ou dificuldade alimentar, evitando algumas comidas de determinada textura, sabor ou consitência;
  • Se incomodar com texturas de tecidos ou etiquetas de roupas;
  • Resistir a abraços e toques repentinos;
  • Agitação e necessidade de estar sempre em movimento (por exemplo, a criança não fica sentada por muito tempo e, quando senta, demonstra inquietação);
  • Linguagem imatura e/ou dificuldade na fala;
  • Não sentir ou reclamar de dores quando se machuca.

Vale reforçar que o diagnóstico de transtorno sensorial deve ser feito por profissionais especializados. Se você suspeita que sua criança ou alguém possa ter essa condição, busque ajuda de especialistas em pediatria, neuropediatria ou psiquiatria para uma avaliação.

O diagnóstico é feito com auxílio de questionários, testes de habilidades de processamento sensorial e de observações clínicas.


Qual a relação entre síndrome sensorial e autismo?

A síndrome sensorial é uma condição separada do autismo. Isso significa que nem todas as pessoas autistas têm essas dificuldades sensoriais, assim como nem todos que são diagnosticados com o transtorno estão no espectro do autismo. No caso de Bless, por exemplo, o diagnóstico de transtorno sensorial não veio acompanhado do laudo de TEA.


No entanto, o Transtorno do Processamento Sensorial pode vir como uma comorbidade, ou seja, uma condição associada ao TEA. Quando isso acontece, a família precisa de ajuda da equipe multidisciplinar para tratar as duas condições em conjunto e melhorar a qualidade de vida da criança.

Ralph Proêńçâ                                              BioTerapeuta 

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